Em mais uma demonstração de totalitarismo e censura, o órgão oficial de cibersegurança estatal chinês realizou uma faxina na internet do segundo maior país do mundo. 733 sites e mais de 9 mil aplicativos foram sumariamente deletados, proibidos de funcionar na
terra de Mao.
Segundo o órgão, os sites e aplicativos disseminavam “informações vulgares”, citando o exemplo do aplicativo de notícias Tecent. Afirmaram também que é apenas parte de uma ação de limpeza realizada no país, que outros atos como este ainda vão tornar a acontecer, em breve.
Alguns apps chegaram a ser notificados com antecedência, já que, para eles, disseminavam "informação vulgar e inculta que era prejudicial e comprometia o ecossistema da internet". Com a demora ou a não obediência, foram simplesmente impedidos de continuar a existir no país.
A China é o país onde existe maior censura na rede mundial de computadores. Sites conhecidos e gigantes em todo o mundo simplesmente não funcionam por lá, como o Google e o Facebook. São substituídos por outros locais, similares – para não chamar de cópias e plágios – e fica assim mesmo, sem nenhuma punição.
Imagine você costumar acessar seus sites preferidos, onde realiza compras,
apostas, lê seus autores e jornalistas preferidos, consulta preços de mercadorias, vê seu horóscopo, pesquisa sobre maquiagens, eletrônicos, músicas, filmes, tudo o que você tiver vontade de fazer, como qualquer pessoa; e de repente, alguém decide por você o que estará disponível ou não? Isto é viver em um país autoritário, seja de esquerda ou direita.
O órgão não ficou apenas nisso, ele penalizou a Huaban, a maior rede social de compartilhamento de fotos do país – seria algo similar ao Instagram para os ocidentais – sob as mesmas alegações de afetar o ecossistema da rede. O Huaban afirmou que tirou temporariamente o site do ar para se adequar aos pedidos do departamento.
O presidente chinês, Xi Jinping, resolveu se tornar ainda mais rígido em relação à internet a partir de 2016, a fim de tentar reprimir tentativas oposicionistas de resistir ao regime autoritário de Pequim. As mídias sociais são as principais afetadas pelas medidas restritivas, na maioria das vezes, sendo quando impossível burlar as regras.
A China do futuro
O país com maior população do planeta – aproximadamente 1 bilhão e 400 milhões de pessoas, quase 1 quinto da população terrestre – a China tenta se tornar um país tecnológico e moderno, apesar de grande derrapadas como esta. Investe bastante no mercado da informação, já possui algumas das empresas de tecnologia que mais se destacam no planeta, chegando a brigar com gigantes do mundo ocidental.
O país possui aproximadamente 800 milhões de telefones celulares e é o maior consumidor de internet banda larga do mundo. A China Telecom e a
China Unicom, sozinhas, atendem a 20% da população consumidora de banda larga da Terra. Nada que possa ser remotamente comparável a qualquer outro país.
Sua economia já é a maior do planeta, crescendo com números assustadores, mesmo quando desacelera em ocasiões pontuais. Os Estados Unidos, apesar de suas diferenças culturais, políticas e históricas, é seu maior parceiro em negócios. Seu regime político assumidamente comunista não impede que ela exerça uma economia capitalista.
Todos têm medo da China, ela implementa métodos totalitários que, de alguma maneira, funciona muito bem em seu território. Há receio de que este modelo seja, de alguma maneira, exportável e acabe sendo praticado por outros países, vide o sucesso econômico que o país demonstra. Virará, o mundo, uma grande China? Só o tempo dirá!
Um texto elaborado por Mega-Sena.
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