Desde que o mundo é mundo, o ser humano tem opiniões divergentes. E uma grande parte tenta impor o que pensa, sempre, mesmo que inconscientemente, rebaixando a visão do opositor.
Isso acontece constantemente em casa, no trabalho, durante a balada, enfim, em qualquer oportunidade. Sua mãe acha que deve arrumar o quarto, mas você discorda, porque vai desarrumá-lo mesmo em pouco tempo, e reclama, fica com raiva dela; você quer um televisor novo para a casa, mas a esposa acha que não é um gasto necessário, e começa aí uma discussão sobre o que pode ou não ser importante para o relacionamento...
Tudo normal. É a natureza humana. O problema está na abertura que existe no Facebook para que todos possam se manifestar, sem qualquer censura. Quando existe a presença de um opositor, a discussão olho no olho, dependendo da amizade, pode ficar mais leve se pelo menos uma das partes tiver consciência de que não vale a pena brigar por discordância de opiniões.
Nas redes sociais, em que existe apenas um monitor na sua frente, parece que vale tudo. Então, a pessoa xinga, ataca, impõe a todos o que pensa e ainda aponta o dedo para o alto e diz que o Facebook é seu e escreve o que quer. Não, o Facebook não é só seu. É uma comunidade virtual que depende das amizades para funcionar. Já escrevi a respeito
neste post.
Vivemos em uma democracia e defender seu ponto de vista é essencial. Mas impor o que pensa, achando que quem for contrário é um inimigo, beira a loucura e afasta as pessoas. Não bastasse a violência em que vivemos no mundo real, temos que ler isso na timeline e ver amizades sendo desfeitas.
Não, não vale a pena brigar por visões opostas sobre qualquer assunto. É imprescindível defendê-las, mas o direito de um termina quando acaba o do outro. Há espaço para ambas as partes. O que não há espaço, nem real nem virtual, é para a intolerância.
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