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A culpa é sempre da Polícia Militar, nunca do baderneiro

O que dizer de um episódio como este, ocorrido na Argentina?
Que acontece do mesmo jeito no Brasil... (Foto de Alfredo Leiva Durán)

Não é de hoje que a Polícia Militar do Estado de São Paulo é chamada de violenta, truculenta e outros adjetivos nada animadores para a segurança pública. Basta agir com rigor em manifestações repletas de vândalos mascarados, especialistas em baderna e destruição, como as que vêm acontecendo nos protestos do Movimento Passe Livre em São Paulo, que começam as enxurradas de críticas nas redes sociais e em vários órgãos de imprensa.

Logo são entrevistadas “vítimas da opressão policial”, com imagens de pessoas ensanguentadas, atingidas por estilhaços de bombas de efeito moral ou sufocando pela fumaça. A mãe de um deles fica revoltada e promete processar o Estado, sem ao menos saber o que seu filho fez. E a culpa é sempre da PM “malpreparada”, da “falta de treinamento” de seus homens e da “vontade de bater” em “trabalhadores”.

A questão é: como controlar uma multidão com baderneiros infiltrados, muitos deles armados, sem o uso de bombas e balas de borracha? Com diálogo? Pedindo para que façam o favor de não atirar coquetéis molotov e fogos de artifício nas pessoas, nem destruir lojas e patrimônio público? Qual é a fórmula mágica de se enfrentar quem está disposto a provocar o caos ou até mesmo agir com motivação política?

É muito fácil criticar quando não se está na linha de frente. É muito fácil um “especialista em segurança” dizer que existe falta de preparo quando nunca enfrentou um bandido ou um mascarado armado com paus e pedras, correntes ou até mesmo soco-inglês, que pode espancar uma autoridade policial até a morte, sem querer saber se é um pai de família que está cumprindo seu dever.

Um exemplo recente desta mania de culpar a PM por tudo ocorreu em Araçatuba (SP), em dezembro do ano passado. Um policial foi obrigado a dar um tiro para o alto ao ser agredido por uma adolescente que tentava, aos gritos, impedir que seu companheiro fosse detido.

O episódio teve uma repercussão muito grande nas redes sociais e as críticas, é claro, foram grandes também. O tiro ocorreu porque muita gente se aproximava durante a ação. Enquanto a menina batia nos policiais, ninguém fazia nada. Mas bastou um deles empurrá-la que começaram os gritos de “covarde”.

É preciso entender que a Polícia Militar existe para encarar diariamente bandidos de todo tipo. E deve agir com rigor, sim, se for necessário. Erros existem, porque os batalhões são formados de seres humanos. Se alguém é parado na rua, não tem que ficar nervoso, mas respeitar a blitz.

Não está escrito no rosto de ninguém que é trabalhador. O Brasil precisa acabar com a hipocrisia de achar que bandidos — inclusive os que se infiltram em manifestações — merecem respeito, carinho e amor.


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