Criar uma notícia falsa se transformou em renda para muita gente. Há sites especializados nisso, que se aproveitam da ingenuidade de uma grande parte de usuários do Facebook para que logo o boato se transforme em viral, gerando acessos e renda.
Uma grande parte desses pilantras virtuais está envolvida em política. Mas existem os chamados "sites de humor", que inventam para "divertir" e acabam enganando os desavisados. Acho que espaços virtuais que exploram isso deveriam ser proibidos, porque mentiras em nome do humor não acrescentam nada e ainda prejudicam várias personalidades.
Um bom exemplo de mentira compartilhada exaustivamente é a "notícia" de que o deputado Jean Wyllys teria proposto uma emenda para retirar homofobia da Bíblia. É uma mentira para "divertir", mas acabou gerando ataques pessoais ao ex-BBB por muitos radicais que, além de não pesquisarem a origem da "informação", compartilham incansavelmente, querendo denegrir sua imagem.
Existem inúmeros fatos iguais e que ganham cada vez mais força nas redes sociais. São tantos que existe um site especializado em desmentir essas barbaridades: o E-farsas. Sempre digo ao seu criador, o Gilmar Lopes, que seu trabalho é um oásis no deserto de criatividade no Facebook e na internet.
Para não compartilhar posts mentirosos, que sempre vêm com uma foto ou montagem, existe uma ferramenta do Google que ajuda muito. Com o Google Images, é possível descobrir a origem da foto e saber se realmente faz parte da "denúncia" ou foi usada em outra data.
COMO FAZER
Acesse o
Google Images. Veja que existe um ícone de foto ao lado da busca:
Clique nele. Na próxima janela que abrir, você poderá colar o endereço da imagem que esteja em um site ou blog. Se estiver no Facebook, copie a foto para seu computador. Siga os mesmos procedimentos anteriores, mas escolha a aba "Carregar uma imagem" e envie para o Google analisar:
O resultado da pesquisa vai mostrar os sites onde a foto foi publicada. Basta, então, pesquisar.
E-FARSAS
Outra forma de procurar uma notícia suspeita é o site
E-Farsas. Acesse, navegue nele ou escolha uma palavra-chave e use a busca. Você vai se assustar com a quantidade de mentiras que circula pelas redes sociais...
GOOGLE
Outro jeito simples de não divulgar boatos é acessar o próprio
Google e pesquisar. Aliás, não precisa nem acessar o site, basta digitar as palavras na área de endereço do seu navegador e pronto!
DICAS
Preste atenção em alguns detalhes para saber, de cara, que a notícia é falsa:
- Qual é a origem da informação? Vem de um site conhecido? Cuidado, pois já é possível enganar os usuários do Facebook. Já vi um post que dizia ser do G1. Quando se clicava, ia para outro endereço. Cheque, então, antes de fazer seus amigos serem enganados;
- Fuja de posts quando a frase para chamar a atenção do internauta começa com "Isso a Globo não divulga", "Isso a imprensa comprada não divulga", "Deu no Globo Repórter", "A mídia comprada não pode divulgar"... É sempre mentira. A imprensa vive da divulgação de fatos. Se uma ou outra foi comprada, outras, com certeza, divulgarão - em muitos casos, os próprios repórteres censurados repassam o material para colegas;
- Quando o fato ocorreu? Onde foi publicado? Quem é o autor?
MORAL DA HISTÓRIA
Compartilhe apenas posts de sites e blogs confiáveis. Se não conhece, acesse e conheça o trabalho do blogueiro ou do órgão de imprensa antes de ir divulgando para os seus amigos e ainda dizer: "Vai que é verdade"...
Hoje existem blogs de política especializados em atacar ou defender governos. Não confie neles. A verdadeira distorção da informação vem desses espaços virtuais bancados por partidos ou defendores de ideologias que não ajudam em nada o Brasil.
E, por fim, o mais importante: USE O BOM SENSO!
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