Todo santo dia existe um protesto nas redes sociais. Para o bem ou para o mal, não importa. É preciso ter um! O objetivo de uma grande massa de manobra virtual é achar um alvo para destilar sua ira. Se escreveu alguma coisa considerada errada por alguém popular que leu e não entendeu, o autor é martirizado.
Entender o contexto da publicação não é importante, mas atacar a pessoa, usar palavras como "lixo", "safado", "inútil", "ridículo" e compartilhar com seus amigos para receber uma curtida é o objetivo de muitos carentes por aprovação.
Se alguma figura pública, ou não, também for atacada, lá vem a tsunami de "defensores". Nesse caso, há a necessidade de mostrar como a vítima foi injustiçada, de compartilhar para seus amigos saberem a sua opinião, pois eles precisam disso, ou seja, saber o que você pensa para seguirem suas vidas - como se isso realmente importasse...
Logo surgem os #somostodosalgumescolhido. E a hashtag vai parar nos assuntos mais quentes do Twitter, como se isso também tivesse alguma importância real na vida dos brasileiros. Pronto! E esse grupo de desesperados por um protesto fica satisfeito.
No dia seguinte, a "vítima" defendida na hashtag vai dizer alguma coisa que possa simplesmente ser sua opinião. Se os "populares" não gostarem, logo vão criticá-la de forma irada e um montão de cordeirinhos, que não precisam entender o contexto do que a "ex-vítima" disse, colocam as garras virtuais de fora e arrasam a pessoa, transformando-a na vilã do dia.
E assim segue mais um dia normal nas redes sociais...
Na vida real, uma boa parte desses defensores/revoltosos prefere tomar uma cerveja a fazer qualquer manifestação contra a violência no seu bairro, o preço do combustível ou mesmo os buracos de rua. No dia da eleição, viram novamente cordeirinhos e votam em quem o "popular" de seu grupo mandar ou naquele que o comprou com alguma benesse.
E assim segue mais um dia normal na vida real...
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