Sempre tive fascínio por histórias de assombração. Adoro filmes de terror. Nunca vi nada sobrenatural, mas sinto presenças, coisas que não sei explicar. Felizmente, só isso.
Já minha irmã Maria Lúcia consegue ver e sentir. Para ela, um tormento. Passou por momentos aterrorizantes, e ainda passa. Acredito que são espíritos atraídos para ela. Como? Não sei!
A Lúcia é uma mulher forte, batalhadora e muito vaidosa. Com seus 50 e poucos anos - não vou revelar sua idade, né... -, cuida do corpo, faz ginástica, e é uma cinéfila.
Sua filha, Rosana, herdou esse seu, digamos, dom assustador. Ela também consegue ver coisas inexplicáveis, pessoas que já morreram. Isso mesmo! Acredite se quiser.
As duas inspiraram a criação de uma nova série aqui no blog, chamada "Assombrações". Vou contar suas histórias, dividir, com a autorização de ambas, momentos terríveis, sustos, pavor. Todos os depoimentos estão sendo gravados. Quem sabe, possa transformar esses casos em livro.
Ao falar sobre minha idéia com amigos, descobri outras pessoas que passaram por coisas assustadoras. Eles também me autorizaram e vou contar aqui esses episódios.
Além da Maria Lúcia e da Rosana, participaram, inicialmente, os jornalistas Patrícia Machado, Jean Oliveira e Alexandre Souza. Por falar no Jean, foi justamente depois de entrevistá-lo para a série que passei por algo próximo de um momento assustador.
Depois de gravar seus depoimentos, voltava para a redação da Folha - a entrevista aconteceu na escadaria ao lado da torre do prédio, em uma noite de muita ventania. Caminhava pelo corredor quando tive a impressão que alguém me seguia.
Logo pensei que estava impressionado, que seria o vento balançando as plantas de um vaso em uma das janelas. Nem olhei para trás. Continuei caminhando e a sensação aumentava.
Foi quando tive a horrível impressão que alguém pularia nas minhas costas. Por puro reflexo, virei-me rapidamente, estendendo as mãos como se tentasse segurar a pessoa, impedi-la de me agarrar, empurrá-la. Não havia ninguém.
Constrangido, fui à redação e contei o caso para os amigos. Demos risadas, mas não esqueci daquele momento. Voltei ao corredor e fui mexer na planta pendurada na janela para ver se, movimentando-a, fazia o mesmo barulho que ouvi. Mexi, mexi... Não fazia som algum...
Gravar e escrever estas histórias não são nada legal. Primeiro, porque você atrai essas coisas ao falar delas. Minha irmã me disse que havia um espírito entre a gente enquanto gravávamos a conversa. Eu bocejava muito e sentia o corpo pesado.
Quando vou escrever as histórias - já tenho várias transcritas -, sinto fortes arrepios, como se estivesse com alguém do lado, lendo o que escrevo no computador. Fico tão compenetrado que quase tive um infarto quando meu celular tocou. Rapaz, que susto!!! rs rs
A primeira história de Maria Lúcia, "Uma noite de terror", é a que ela considera uma das mais assustadoras experiência pela qual passou. Confira no post abaixo.
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